Dentro do Sistema
Internacional de Medidas, o quilo é o único que ainda utiliza medições baseadas
em objetos físicos.
Os cientistas podem
estar próximos da conclusão de um esforço conjunto que durou mais de 15 anos,
até agora, a fim de redescobrir (ou de redefinir) o quilograma. Essa medida é a
única das unidades do Sistema Internacional de Unidades que ainda é baseada em
uma medição física da massa de um determinado objeto padronizado.
O quilograma original
era uma pequena esfera de platina e irídio, mais ou menos do tamanho de uma
bola de golfe, fica armazenado em uma abóboda em Paris (França). Cilindros
polidos padrões de um quilograma são compostos primordialmente de 90% de platina
e 10% de irídio. Os objetos contam com 1,5 polegada de altura e com a mesma
medida de largura. Os demais objetos ao redor do mundo são réplicas do peso
original, que servem para precisar medidas e estabelecer a consistência da
unidade.
No entanto, mesmo que
o objeto seja alvo de constantes limpezas, o quilograma-mestre de irídio e
platina tem sofrido algumas variações de peso. Estima-se que ele sofra um
acúmulo de poeira de 0,5 microgramas a cada ano que se passa. Claro que isso
pode parecer efêmero devido à pequeneza das medidas, mas isso já é suficiente
para alterar muitos padrões mundiais.
Reinventado o quilo
Com isso, o Swiss
Federal Office of Metrology (METAS), que é o órgão que regulamenta as medições
padrões de cada unidade, resolveu buscar um novo método na padronização do
quilo, que não fizesse uso de objetos físicos. Depois de muitas pesquisas
envolvendo medições contra a gravidade e contagem atômica, um grupo de
cientistas anunciou um tremendo avanço na busca pela novidade.
De acordo com o
anúncio do grupo Mettler Toledo, uma empresa que desenvolve e constrói
globalmente instrumentos de medição de alta precisão, o novo quilograma será
alcançado até no máximo o ano de 2015. Esse pessoal afirma ter desenvolvido uma
minúscula célula de pesagem que permite medidas com precisão de até 0,1
micrograma — o que é significativamente mais arrojado do que a exigência de um
micrometro feita pela METAS.
Mettler Toledo está
trabalhando em colaboração com o instituto CERN (de pesquisas nucleares) no
desenvolvimento do que eles têm chamado de “watt balance”. Trata-se de uma
escala experimental que permitirá que o quilograma seja medido eletronicamente
de acordo com a voltagem para levantar um protótipo em um campo magnético
conhecido.
Mesmo que não existam garantias
de que os projetos vão dar certo, esperamos que os cientistas estejam no
caminho certo para redescobrir o quilo.
enviado por Gabriel Moura
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